quinta-feira, 30 de abril de 2015

4o GEG Brasilia - Criatividade: O Cachorro Invisível

Lab de Criatividade com Thiago Gringon do @kreakatali

“Há espaço para criatividade em nossas escolas?”



A pergunta formulada por Thiago Gringoni, encantador de criatividade de São Paulo, durante o último encontro do  Grupo para Educadores Globais e a escola planejada por Takaharu Tekuda, arquiteto japonês, para crianças de cincos anos, muito têm me inquietado.


De um lado, Gringon propõe que o ambiente da escola seja propício ao desenvolvimento da criatividade e que encoraje os alunos a desenvolverem produtos que demonstrem o seu potencial criativo.  Takaharu Trekuda traz a resposta, tendo criado um ambiente onde as
crianças correm riscos, se atrevem, sobem em árvores e onde não há limites entre o ambiente externo e o interno. Independente das condições climáticas no Japão, Tekuda projetou uma escola aberta em que as crianças podem sair e voltar para o espaço pedagógico quando quiserem. E, acreditem, elas voltam.


Outras alternativas já foram desenvolvidas e contrariam o modelo vigente de educação, como a Escola da Ponte, em Portugal; o Projeto Âncora em São Paulo; o Blue Men School em Nova York, para citar alguns. Até quando, no entanto, nossas escolas parecerão com caixas onde o conhecimento é transmitido em lugar de ser construído por meio da experiência como há tanto propuseram Piaget, Maria Montessori, Jacob Levy Moreno e tantos


Se a resposta estiver na criatividade aqui entendida “como uma coisa legal que cria outra coisa legal”, como afirmou um dos alunos de Gringoni em São Paulo, já é tempo de arregaçarmos a manga e considerar a criatividade em nossas salas de aula. Entendo que temos um conteúdo programático para ser “vencido”, mas de que formas criativas o conteúdo pode


Já sabemos o que vai acontecer se insistirmos em usar o mesmo modelo educacional. Então, por que não ousar? Trabalhar com pedagogia de projetos é um dos caminhos, considerar a escola como um ambiente fisicamente propício para o desenvolvimento das
crianças deve também ser levado em conta. No entanto, antes de propor a revolução
educacional e, cá entre nós, não tenho mais idade para ver o resultado disso, que abramos
espaço para o novo em nossas próprias salas de aula – cheia de regras e paredes.


Levei meus alunos para a galeria de arte. Pedi que eles observassem as obras e, em
grupos, construíssem frases com “negative adverbs” (nosso conteúdo, no momento). Apenas porque saíram da sala de aula e foram expostos a um outro insumo, as respostas foram muito além do esperado, “not only did he do his homework, but he also wrote his composition”. Em lugar disso, fui presenteada com “Not only did the artist try to make the sculpture invade the space, but he also allowed us to touch it.”


Tenho certeza de que muitos professores fazem isso. E torço para que continuem a
fazê-lo. Eu vou ressuscitar meu cachorro invisível – que usava para dar aulas há décadas – e que foi aposentado porque eu não mais me via com um cachorro que falava com os alunos por meio da minha voz e com o qual eles interagiam. Senti saudade de mim e,  hoje, com certeza,


o meu cachorro invisível voltará à ativa.


Obrigada, Gringoni! Obrigada, Tekuda!


Uma provocadora de possibilidades



sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

1o GEG Brasilia: Geek Point

Instagram na Sala de Aula

No Geek Point, tivemos um encontro rápido e informal sobre algumas ferramentas digitais. 



Falei um pouco do Instagram como ferramenta pedagógica, e não apenas como rede social para compartilhamento de fotos. 

Algumas ideias para a sala de aula:

- Utilize a ferramenta "explorar" para procurar por palavras-chaves relacionadas ao tópico da aula. Os alunos selecionam a "mais bonita", "aquela que chamou mais atenção", "a mais incomum", etc. Podem explorar a imagem e o que é dito sobre ela. Se optar por usuários como a National Geographic, por exemplo, e outros de organizações sociais, geralmente existe uma explicação no comentário.

- Para professores de Português, explorar os comentários como fonte para pesquisa de erros de sintaxe ou qualquer estrutura lingüística, é campo riquíssimo.

- Utilize hashtags (#) únicas para agregar conteúdo de suas aulas e produções de alunos. A Samara, por exemplo, utilizou a hashtag #jairandsamara para agregar um trabalho sobre fenômenos óticos em que os alunos utilizavam-se do que aprenderam na teoria para aplicação prática no dia-a-dia deles, tirando fotos e publicando usando #jairandsamara.

- Mais algumas ideias interessantes para o uso do Instagram em sala de aula:


Carla Arena
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Forms & Flubaroo - Uma Parceria de Sucesso
A outra estratégia adotada no Geek Point foi mostrar para os professores 
o potencial de uma das várias ferramentas do Google, o Forms e 
seu complemento Flubaroo. Ambos podem ser utilizados como ferramentas 
de sondagem ou de feedback.

Para criar um formulário, basta ter uma conta no Google e acessar 
drive.google.com. Se você ainda não está adaptado a esta ferramenta, 
você pode encontrar vários tutoriais no YouTube, como o exemplo a seguir.



O vídeo está em inglês, mas você pode utilizar as legendas traduzidas.


Agora, para mostrar o potencial das ferramentas foi elaborado um formulário 
de sondagem sobre mitos e verdades no uso de novas tecnologias na sala de aula. 
Você pode acessar o formulário no bit.ly/geekpointsamara ou simplesmente clicando aqui!

Após responder o questionário os professores puderam acompanhar o 
passo-a-passo para avaliar as repostas de cada um utilizando o Flubaroo 
e o feedback enviado por e-mail. O vídeo a seguir apresenta um outro tutorial 
caso você tenha esquecido algum detalhe.



A parte mais interessante dessas ferramentas, ao meu ver, é o quesito tempo! 
Normalmente um professor gasta entre 1 e 2h, entre a correção e o lançamento 
das notas. Utilizando o sistema de correção automática o tempo gasto cai 
para no máximo 5 minutos, dessa forma, podemos nos concentrar mais 
na análise dos resultados e nas estratégias que devemos adotar com 
aquele grupo e não apenas no cansativo trabalho de correção. 


Sobre mais estratégias para utilização de formulários em sala de aula acessem 
Blog do Professor Artur Clayton que compartilha 41 maneiras de utilizar os Forms
em novas estratégias de aprendizagem. 

Até a próxima, pessoal!
Samara Brito